Com foco no empreendedorismo, agência de inovação da Unifesp participa da discussão de novos critérios de avaliação, incluindo assessores de negócios

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A Agência de Inovação Tecnológica e Social da Universidade Federal de São Paulo (Agits/Unifesp) é o órgão responsável pela política da inovação da universidade que tem atuado internamente e externamente na proposta de mudanças de avaliação e visão dos projetos de pesquisa e impacto científico na sociedade.

O Programa de Inovação em Pequenas Empresas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (PIPE/FAPESP) é um modelo de sucesso na promoção do empreendedorismo acadêmico. Fomentar a pesquisa em ciência e tecnologia é imprescindível para a criação de novos bens ou serviços. Além disso, promove a integração de empresas com a academia, permitindo a abertura de novas vagas de empregos, geração de renda e contribuindo com o recolhimento tributário de impostos.

Inovação é a base da consolidação dessa troca entre ciência, tecnologia e mercado e esse é um dos pilares da Agência de Inovação Tecnológica e Social da Universidade Federal de São Paulo (Agits/Unifesp). A Agits tem participado ativamente no PIPE com propostas de avaliação colaborativa entre pares e assessores externos. Como parte de um processo de avaliação e desenvolvimento contínuo, a FAPESP entende que usuários, clientes, sociedade e empresas devem fazer parte do processo a fim de ampliar as chances de resultados do projeto chegarem ao mercado. “Não se trata mais de ter somente a avaliação e validação de acadêmicos estritos, que são fundamentais para a aplicação do método científico, mas de somar a contribuição de assessores e especialistas do mercado”, explica Paulo Schor, diretor da Agits e um dos coordenadores do PIPE/FAPESP.

A ideia de uma avaliação multidimensional será colocada em prática pela primeira vez na VII edição do Congresso Acadêmico da Unifesp: Universidade pela vida, na forma de Pitch científico . O congresso acadêmico acontece virtualmente, de 21 a 26 de junho de 2021, e a Agits vai coordenar 10 sessões de pitches científicos direcionados a uma banca social, formada por membros não acadêmicos. A banca contará com representantes de empresas credenciadas na agência, membros da sociedade civil, comunicadores e terceiro setor com experiência em impacto social.

Com essa iniciativa, a Agits espera contribuir fortemente na formação de recursos humanos e progresso de núcleos de desenvolvimento tecnológico no Brasil e para o emprego de pesquisadores no mercado. Isso é importante porque o desenvolvimento de empresas de base tecnológica são as principais formas de transferência de tecnologia ao mercado e representam uma fonte de informação estratégica para o crescimento econômico do país.

“No futuro dissertações de mestrados profissionais, com jurados da sociedade poderão ser exemplos comuns para atualização da linguagem e transmissão do conhecimento, aproximando a sociedade da academia e, ao mesmo tempo, direcionar projetos com potencial de inovação, para o mercado e a sociedade. Todos saem ganhando”, acrescenta Schor.

DNA Agits

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp coaduna com a participação inovativa da comunidade acadêmica em ações de relevância tecnológica e social, alinhando-se à Agits no apoio à celebração de parcerias entre a Instituição Científica e Empresas com foco no empreendedorismo acadêmico e na formação de recursos humanos", afirma Lia Bittencourt, Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp.

Ciente do impacto que vem realizando na Unifesp, a Agits está empenhada na área educacional, promovendo ações educacionais como cursos, hackathons e reuniões com a comunidade interna e externa para promover um diálogo e continuar construindo pontes, iniciada pelas direções anteriores na agência. A agência tem um projeto aprovado na FAPESP que está alinhado com inovação tecnológica e social, mas também com a celeridade de processos, digitalização e automação dos procedimentos internos, contribuindo com a melhoria das relações entre os diversos setores institucionais. 

Luíz Eugênio de Moraes Mello, atual diretor científico da FAPESP, é também responsável pela concepção da Agits e reforça a importância da reflexão e atualização das ações institucionais: “Não há nada que não possa ser melhorado”, diz Mello.