Com representantes da sociedade, comunicadores e empresas, a banca social visa incentivar a reflexão sobre o impacto da pesquisa científica na sociedade e adequação de linguagem.
A agência de inovação tecnológica e social da Universidade Federal de São Paulo (Agits/Unifesp) organizou a primeira banca social para debater pesquisas científicas e será lançada na próxima semana, durante o Congresso Acadêmico da 2021: Universidade em Defesa da Vida.
A agência possui duas grandes áreas de atuação: conexão e educação. A importância de conexão da área acadêmica com o mundo dos negócios traz também, a necessidade de adequação da linguagem. É importante que a comunicação seja acessível e objetiva. E essas características são fundamentais para um pitch bem sucedido. Para quem não é familiarizado com o termo, o pitch nada mais é do que a apresentação rápida de uma ideia, produto ou serviço para a comunidade.
De nada adianta se conectar com uma parcela da sociedade e deixar outra de fora. Pensando nisso, a Agits/Unifesp propôs a apresentação de trabalhos na forma de um pitch científico para pós-graduação. É importante que os pós-graduandos saibam adequar a linguagem para a sociedade, levando em consideração as particularidades de se comunicar com jornalistas, crianças, idosos e membros de comunidades com culturas diferentes.
O pitch do Congresso Acadêmico pode ser visto como um treino pelos futuros profissionais formados pela Unifesp, pois é capaz de desenvolver habilidades essenciais para inserção no mercado de trabalho. As chamadas soft skills (como por exemplo colaboração, empatia, flexibilidade, organização) são aprimoradas quando o profissional se permite conversar com pessoas diversas em gênero, classe social, idade, origens e interesses.
A fim de formar profissionais cada vez mais completos, a Agits/Unifesp tem cursos de divulgação e pitch científico para graduação e de comunicação em inovação para a pós-graduação.
“Já foi o tempo em que a pós-graduação terminava na defesa ou na publicação do artigo científico. Agora, ela deve começar - e terminar - ouvindo a sociedade e construindo com ela. Só assim há impacto verdadeiro e não apenas rankings”, diz Sylvia Maria Affonso, bióloga e responsável pela comunicação digital da agência.
A agência também organizou a mesa “Empreendedorismo acadêmico: é possível?” que ocorrerá no dia 22 de junho às 9h com transmissão na plataforma do congresso e com a participação do Instituto Questão de Ciência, LiveLab e Bayer. O congresso é integralmente online, aberto e as inscrições podem ser feitas neste link.
A banca e sua dinâmica
Este ano, serão três sessões de pitch com uma hora e meia de duração cada. Cerca de oito vídeos serão assistidos por três membros: um/a jornalista, um/a representante de empresa e um/a membro da sociedade. Todos os autores estarão presentes e debaterão o trabalho com a banca que tem a finalidade de trazer uma reflexão sobre a pesquisa como algo público e coletivo - que deve ser pautado pela sociedade e com a participação dela.
A banca social de 2021 é composta por:
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Desde 2020, a Agits/Unifesp busca novas formas de falar de Ciência e tecnologias educativas que melhorem e fortaleçam as pontes. Por isso a agência se associou ao IBEAC (Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário) para construir, junto com a comunidade, possibilidades de incentivo à Cultura Científica.
“Nosso foco são as comunidades vulneráveis, que têm pouco ou nenhum acesso ao ambiente acadêmico, por isso trouxemos membros do território de Parelheiros para dizerem e pautarem nossas pesquisas, afinal, somos financiados pela sociedade”, reforça Sylvia, coordenadora do projeto da banca social na agência para o congresso acadêmico 2021.
Sessões da banca social no Congresso Acadêmico ocorrem na sala 3 das datas:
Dia 21 de junho das 14h às 15h30 - sessão 53
Dia 23 de junho das 9h às 10h30 - sessão 61
Dia 24 de junho das 16h às 17h30 - sessão 69