Trabalho coordenado por Mirian Hayashi foi reconhecido na categoria Patente Depositada
Por Valquíria Carnaúba
Foto: Divulgação
Mirian Akemi Furuie Hayashi, docente do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), venceu o IV Prêmio de Inovação Fleury (PIF) na Categoria Patente Depositada. Na ocasião, a empresa reconheceu os artigos científicos e patentes depositadas na área da saúde desenvolvidos com aplicação de Bioinformática e Inteligência Artificial, em genômica, proteômica, metabolômica e radiômica.Vale lembrar que a modalidade Patente Depositada é nova, premiação inaugurada pelo trabalho da pesquisadora da Unifesp, denominado Método de Identificação por Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Quimiometria de Biomarcadores para Doenças Mentais Graves e Usos do Mesmo.
Produzido em parceria com pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Unifesp, e coordenado por Ljubica Tasic (Unicamp), Elisa Brietzke e Hayashi (Unifesp), o estudo identificou biomarcadores moleculares que podem auxiliar no diagnóstico de transtornos mentais. Devido ao ineditismo, o pedido de patente foi submetido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/Unifesp) ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). “Não existe atualmente nenhum outro teste para a identificação de transtornos mentais aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pelo órgão correlato norte-americano Food and Drug Administration (FDA)”, afirmam as docentes.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram metabólitos sanguíneos visando identificar as diferenças entre indivíduos mentalmente saudáveis de portadores de doenças mentais. “Esses transtornos, em geral, são determinados por fatores genéticos e ambientais. Eventos traumáticos ou uso de drogas, por exemplo, podem ser considerados como fatores de risco”, complementam.
Pollyana Varrichio, diretora do NIT/Unifesp, pontua que ambas as universidades deterão a futura patente. “A Unifesp submeteu o pedido ao edital do prêmio e a Unicamp o está gerindo junto ao Inpi. É extremamente positivo pelo reconhecimento do trabalho do pesquisador, pela possibilidade de aumento das relações entre universidades e empresas e pelo caminho que se abre à exploração comercial da invenção patenteada - uma possibilidade analisada pelo próprio Grupo Fleury. Significa, sobretudo, o retorno social da produção científica”, comemora.