A anemia falciforme é uma doença rara hereditária, que pode ser transmitida de pais para filhos, sendo mais comum na população afrodescendente. Ela é decorrente da alteração de um dos genes que forma os glóbulos vermelhos (hemácias), células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Nos indivíduos que possuem anemia falciforme, as hemácias se apresentam em formato de foice, característica essa que deu origem ao nome da doença. Essa forma de foice provoca uma alteração na membrana da célula e diminui o transporte de oxigênio para órgãos e tecidos do corpo.     

    No Brasil, cerca de 3 mil nascidos vivos são diagnosticados com a doença por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Para que o indivíduo apresente a Anemia Falciforme é preciso ter um par de alelos alterados, um proveniente do pai e outro da mãe. Por outro lado, quando a pessoa possui apenas um alelo alterado apresenta o acometimento chamado de “Traço Falciforme", no qual o indivíduo geralmente é assintomático, tendo apenas anemia. No entanto, o indivíduo portador desse alelo pode transmiti-lo para seus descendentes.

    No Estado de São Paulo, os indivíduos portadores desta doença podem participar da Associação de Anemia Falciforme, onde diversas atividades são realizadas. O objetivo dessas ações é promover uma maior qualidade de vida para estes indivíduos, bem como fortalecer vínculos entre os membros da associação.

    Outro local com atendimento especializado é o setor de Hematologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo, que opera no Hospital São Paulo, sendo referência no atendimento de crianças portadoras de Anemia Falciforme, atuando junto ao Programa Nacional de Triagem Neonatal, dando suporte tanto a pacientes internados na Pediatria do Hospital quanto no atendimento ambulatorial e acompanhamento desses pacientes.

Devido à pandemia causada pelo COVID-19, pacientes portadores de Anemia Falciforme devem ter cuidado redobrado, pois fazem parte do grupo de risco devido a sua baixa imunidade. É recomendado, então, que estes pacientes continuem com o seu tratamento específico e permaneçam em distanciamento social. 

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