Uma poética sobre NADA? O niilismo em Augusto dos Anjos

Dissertação de Mestrado de VIVALDO, Leonardo Vicente (Catálogo UNESP)

A concepção moderna de niilismo começou a desenvolver-se no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, principalmente depois das teorizações do filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche – para quem o homem contemporâneo estaria vivendo em um período de constante decadência e de crise de valores (morais e metafísicos). O niilismo seria, portanto, um mediador entre conceitos ultrapassados e modernos: um estado intermediário que exporia a fratura entre uma velha e uma nova visão de mundo. O termo niilismo, que está ligado etimologicamente a ―nada, no latim nihil – daí, niilismo, se faz, portanto, duma questão muito mais antiga, e complexa, do que possa aparentar à primeira vista. Desta maneira, pensando o Nada como ―matéria‖ do niilismo, ou para o niilismo, esses termos parecem serem continuamente disseminados na poesia, e na crítica, sobre o poeta Augusto dos Anjos – sendo, muitas vezes, usados como sinônimos e nos mais variados sentidos. Contudo, convém se perguntar: o que seria, realmente, o Nada na poética de Augusto dos Anjos? Seria possível defini-lo? E mais: seria possível defini-lo como niilismo? O declínio do espírito oriundo do niilismo, manifestado não só pela obsessão pelo saber, mas, sobretudo, pela dissolução no Nada (angústia metafísica do homem moderno), parece ser o caminho que faz a poesia de Augusto dos Anjos – e o trajeto que este trabalho propõe.

Material completo disponível no link abaixo:

http://wwws.fclar.unesp.br/agenda-pos/estudos_literarios/2859.pdf