Conferencista: Prof. Dr. Álvaro Faleiros -Professor Titular do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (USP)

A tradução cultural tem sido um conceito bastante profícuo para se pensar novos modos de produzir relações entre mundos. Eduardo Viveiros de Castro a define como “equivocação controlada”. Essa noção diz respeito ao processo envolvido na tradução de conceitos práticos e discursivos do outro para os termos do aparato conceitual daquele que enuncia, ampliando as ferramentas conceituais daqueles que se deixam afetar outramente por essas cosmovisões. Repensar o cânone, nessa perspectiva, permite, por um lado, ressituar algumas obras no cânone brasileiro, como “O meu tio, o Iauaretê” de Guimarães Rosa, ou Macunaíma de Mário de Andrade. Por outro lado, nos leva a repensar o próprio cânone, no qual obras como Textos de Tribos de Antônio Risério, Rã-txa hu-ni-ku-~i, de Capistrano de Abreu, o Ayvu Rapta dos Guarani Mbyá e A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, passam a ser relevantes.

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