Gestão 2018-2019
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O Diretório Central dos Estudantes da Unifesp é a entidade de representação máxima de todos os estudantes de graduação da Unifesp. Após um longo período desativado, a ânsia dos estudantes para que seu principal instrumento de luta fosse retomado culminou em uma eleição que obteve o maior quórum em eleições para DCE do estado de São Paulo, 13% de participação!

O DCE funciona também para promover o encontro entre os campi, integração estudantil, diálogo com os Centros Acadêmicos (CA's), coletivos e projetos estudantis existentes na Universidade e conta com a participação deles para somar forças nas lutas e na construção da universidade que queremos.

Lutamos pela fortificação de um movimento com energia, capaz de atuar junto à base, solidificando as pautas da permanência estudantil como moradia e creche; por pesquisa e extensão verdadeiramente voltadas à sociedade; e uma universidade pública que produza ciência para contemplar as necessidades da classe trabalhadora. Queremos um movimento estudantil conectado com as outras categorias universitárias, e onde você possa se sentir convidado(a) a lutar por uma educação sem barreiras.

Estamos presentes em todos os campus! Caso tenha alguma dúvida ou precise de ajuda para se integrar e conhecer melhor a Unifesp, entre em contato com a gente!

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PERMANECER NA UNIFESP É UMA LUTA DIÁRIA

Fundada em 1933, sob o nome de Escola Paulista de Medicina (EPM), corre nas veias desta universidade um sangue essencialmente elitista. A Universidade Federal de São Paulo, tal qual existe hoje, foi criada em dezembro de 1994, decorrente da federalização da faculdade privada Escola Paulista de Medicina. A partir dos anos 2000, por meio do REUNI, programa dos governos petistas de expansão das universidades, ampliou-se a UNIFESP com a criação dos Campus Guarulhos, São José dos Campos, Diadema, Baixada Santista, Osasco e, mais recentemente, Zona Leste. Tal expansão se deu, no entanto, sem condições adequadas para estruturação dos cursos e acolhimento adequado ao número de alunos correspondente às vagas.

Para além dos problemas estruturais (precariedade de salas de aulas, laboratórios e bibliotecas, especialmente evidentes em campi como SJC e Diadema), faltam em toda a universidade políticas essenciais de permanência dos estudantes, como moradia estudantil. Muitas foram as lutas em prol dessa pauta, já existindo inclusive projetos estruturados de moradia para alguns dos campi, que nunca, porém, saíram do papel. As políticas concretas de permanência são a existência de RU e de assistências bolsificadas, em um processo extremamente burocrático, com um valor quilometricamente distante do suficiente para subsistência do estudante. Tal situação se agrava com a implementação da Lei de Cotas - grande conquista dos movimentos sociais que garante o acesso de uma população historicamente excluída ao espaço universitário - que ocorre porém sem uma ampliação conjunta das políticas de permanência.

O direito a educação não se concretiza com a mera criação de universidades, precisamos ter acesso, ensino de qualidade, condições para permanecer e concluir o curso com saúde física e mental. Em 2018, com estudantes em peso nas reuniões do CONSU e greve em dois campi, barramos o corte de 350 bolsas que havia sido proposto pela PRAE. Nossa existência na universidade não se dá sem resistência, mas estamos organizados e a mensagem está dada: ninguém fica pra trás.


POR UMA UNIVERSIDADE SEM MORDAÇA, GRATUITA E DE QUALIDADE

Nos últimos anos as Universidades Federais sofreram com a redução de investimentos. Houve um corte real de quase 30% do orçamento o que tem comprometido a assistência estudantil, os restaurantes universitários e projeto de reformas e construção de prédios como as moradias estudantis em todo país.

Esse ano precisamos nos preparar para enfrentar mais ataques à educação. O cenário de sucateamento que estava nos planos do governo anterior com a aprovação da PEC fim do mundo que congela os gastos públicos pelos próximos 20 anos, só promete se intensificar com o governo Bolsonaro.

Além de prometer cobrança de mensalidade nas universidades públicas, por parte de Bolsonaro e sua equipe, vemos diversos projetos de lei que querem censurar os professores e o ambiente acadêmico. O Escola Sem Partido defende o fim da doutrinação ideológica mas, na verdade elegem a própria ideologia como neutra, tirando a possibilidade de críticas a esse sistema meritocrático e elitista.

Ricardo Vélez, o ministro da educação, que defende o ensino de educação moral e cívica como na época da ditadura civil-militar, argumenta também que a Universidade é feita para uma elite intelectual. Resta saber se ele está informado que a Unifesp é composta em sua maioria por mulheres ( 54,6%), pretos, pardos ou indígenas (31,6%) que estudaram em escola pública ( 52,2%) e de baixa renda. E lutaremos para que essa diversidade seja mantida e que a educação pública, gratuita e de qualidade seja garantida cada vez mais a uma maior porcentagem da população. Pode chegar, seja bem vinda, seja bem vindo à Unifesp.

A luta também educa!