Evento em Rimini, na Itália, reúne especialistas para discutir práticas colaborativas, destacando a integração entre hospital, comunidade e atenção primária no cuidado de pacientes crônicos

Começou hoje (27/09), na cidade de Rimini, na Itália, um importante workshop sobre ferramentas para o trabalho intersetorial e a participação comunitária em saúde. A iniciativa reúne profissionais de diversos países, com destaque para a participação dos professores do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e pesquisadores do Observatório de Políticas Públicas de Saúde/SUS, Cristian Guimarães, Camila Avarca e Rosemarie Andreazza, além de acadêmicos italianos como Ivo Quaranta, da Universidade de Bologna, e Ardigò Martino, da AUSL Romagna.

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O foco do encontro é compartilhar experiências práticas de sucesso, tanto nacionais quanto internacionais, em temas como trabalho em equipe, interprofissionalismo, intersetorialidade na assistência territorial e a participação da comunidade nas redes de cuidado. Um dos pontos de destaque é a discussão sobre a transição da intervenção focada no indivíduo para ações voltadas ao grupo e à comunidade.

Durante o workshop, os participantes terão a oportunidade de conhecer ferramentas e metodologias que favorecem a transição de uma abordagem bio-reducionista, centrada no desempenho, para uma prática focada na pessoa, nas suas relações significativas e no território. A proposta é discutir formas de fortalecer os vínculos entre as redes de saúde e as comunidades, promovendo um cuidado mais humanizado e efetivo.

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No primeiro dia do evento, os pesquisadores brasileiros realizaram uma visita de campo à Casa de Comunidade de Santarcangelo, em Rimini, com o objetivo de conhecer os chamados "nós" comunitários, dispositivos que integram hospital, ambulatório e comunidade. Na Itália, os hospitais comunitários atuam principalmente no atendimento de pacientes crônicos, funcionando como um equipamento intermediário que combina tecnologias leves com a atenção primária à saúde.

O workshop não só aprofunda a discussão sobre a prática colaborativa em saúde, mas também reforça a importância da articulação entre diferentes setores e da participação ativa das comunidades na construção de redes de cuidado eficientes e centradas nas necessidades locais.