Em um contexto de insegurança alimentar e de consumo de alimentos ultraprocessados, prejudiciais à saúde, com este projeto de extensão, pretende-se realizar atividades que busquem:
I) Desenvolver a consciência alimentar entre os participantes, de modo que eles possam fazer escolhas alimentares que beneficiem sua saúde;
II) Auxiliar na no desenvolvimento de agricultura urbana, a fim de contribuir para a segurança alimentar dos participantes e suas famílias.
Espera-se atender a dois públicos-alvo principais: estudantes de escolas, preferencialmente públicas, com o desenvolvimento de atividades voltadas para o aumento da consciência alimentar e que estimulem escolhas alimentares mais saudáveis; e comunidades em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar, com atividades voltadas para a implementação de hortas, a fim de promover maior segurança alimentar, e também para subsidiar escolhas alimentares mais saudáveis, priorizando alimentos in natura ou minimamente processados e evitando-se alimentos ultraprocessados.
Os estudantes de graduação envolvidos neste projeto poderão atuar nas diversas fases de sua implementação: no desenvolvimento de propostas de atividades para as escolas e sua realização; identificação de locais aptos à implantação de hortas; orientações de manejo e renovação das hortas; coleta e sistematização de informações, entre outras. Com isso, espera-se contribuir para sua formação acadêmica, considerando-se ensino, pesquisa e extensão, e como cidadão atuante para a melhoria da sociedade. Por fim, pretende-se contribuir com a concretização de um direito social básico: a alimentação, e para avançar na direção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 3 e 11, relacionados à segurança alimentar, à vida saudável e a tornar os assentamentos humanos mais resilientes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Realizar atividades que estimulem a reflexão sobre hábitos de consumo e aumento da consciência alimentar entre os participantes do projeto;
- Realizar atividades que permitam aos participantes do projeto reconhecer os alimentos mais benéficos e aqueles que fazem mal à saúde;
- Apresentar as vantagens da implantação de hortas, com introdução de alimentos para complementação e variedade da dieta alimentar; e
- Orientar a implantação e o manejo das hortas implantadas.
METODOLOGIA:
Nas escolas: Serão feitos contatos com escolas de ensino fundamental e médio, de preferência públicas, a fim de apresentar e planejar a proposta de realizar atividades práticas destinadas a promover escolhas alimentares mais saudáveis, a exemplo do que já foi feito em uma escola pública de Diadema, em 2019. Na ocasião, a avaliação das atividades foi feita após a sua realização, a partir da manifestação dos estudantes. Essa experiência-piloto servirá como base para a elaboração de questionários a serem aplicados antes e depois das atividades a serem realizadas, a fim de verificar se as atividades contribuíram para promover reflexões acerca de hábitos e escolhas alimentares dos estudantes.
Comunidades carentes: Pretende-se realizar encontros para apresentar a proposta entre potenciais interessados (já existem pessoas de movimentos sociais interessadas), mostrando a importância das hortas para a alimentação, entre outros pontos. Para os interessados, durante as atividades de implantação de hortas, esses assuntos serão retomados, priorizando-se as trocas de conhecimento na prática.
Foram estimados 10 participantes em função das incertezas sobre quantas pessoas poderão se interessar em participar do projeto. Porém, a intenção é aumentar esse número, com o andamento do projeto. Além disso, considerando que há carência de espaços para plantio de hortas, elas provavelmente serão implantadas de forma mais individualizada, em lajes e paredes das moradias. Com isso, será necessário ter equipes capazes de realizar o acompanhamento de forma mais individualizada também. Assim, a quantidade de participantes do projeto vai depender da quantidade de pessoas engajadas nas equipes de trabalho.
Espera-se contribuir para que as pessoas saibam reconhecer e possam escolher alimentos que são mais benéficos à sua saúde e evitem aqueles que trazem prejuízos à saúde, bem como para ajudar a diminuir problemas de saúde pública, como o aumento da obesidade e de outras doenças associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados. Também, espera-se possibilitar que os participantes do projeto tenham acesso a alimentos com mais qualidade do que alimentos ultraprocessados e contaminados com agrotóxicos, contribuindo para a sua segurança e autonomia alimentar e de suas famílias. Ainda, pretende-se contribuir com a concretização de um direito social básico e para avançar na direção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 3 e 11, no sentido de ajudar a diminuir a insegurança alimentar grave das famílias; promover a agricultura urbana que possa fornecer alimentos de maneira mais sustentável; contribuir para uma alimentação mais saudável e seus efeitos positivos associados a uma vida mais saudável, entre diversas faixas etárias; tornar os assentamentos humanos mais resilientes a crises econômicas e de saúde, como a vivida com a pandemia de Covid-19.
Coordenação: ROSANGELA CALADO DA COSTA
Contato: rosangela.costa@