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O observatório Culturas Br, por meio de projetos científicos e culturais (envolvendo artistas, cientistas e povos tradicionais), pretende dar "voz" e "espaço" para as comunidades tradicionais.
Objetivos:
- Criar ambientes favoráveis para ampliar a visibilidade das expressões dos povos tradicionais brasileiros frente aos desafios contemporâneos
- Realizar diversas atividades protagonizadas pelos artistas e povos tradicionais, tendo o cientista o papel de fazer a conexão entre eles.
O presente projeto nasceu a partir dos desafios contemporâneos pelos quais o Brasil vem passando, sobretudo nas questões: ambiental, cultural e educativa. A ideia é dar “voz e espaço” aos povos tradicionais que vêm sendo cerceados dos seus direitos de cidadãos brasileiros há séculos. É preciso mais do que postar nossas indignações nas mídias sociais e/ou trazê-las nas nossas “conversas de bar”. É preciso trazer elementos ao país, sobretudo aos seus gestores atuais, demonstrando que culturas brasileiras têm voz e que cada vez mais estão buscando fazer-se ouvir para que possam continuar existindo. Exemplo interessante dessa resistência é a encontrada entre os Paiter Suruí. Essa etnia tem uma grande articulação tecnológica e penetração na Europa. Possuem lap tops, tablets, celulares, produzem filmes, conhecem diversos países na Europa, muitos são formados em Universidades, fazem mestrado e doutorado em universidades públicas, desenvolvem projeto com a Empresa Google (com objetivo de proteger a floresta dos madeireiros) e com a Natura (desenvolvendo reflorestamento – créditos de carbono). Ainda assim, sofrem pressões/influências diárias de madeireiros, de fazendeiros, ONGs internacionais e de igrejas.
Por outro lado, a etnia Guarani possui o maior número de suicídio entre todas as 305 etnias indígenas no Brasil, e três vezes mais suicídios do que qualquer cidadão brasileiro não Guarani. É preciso que estas etnias falem sobre as suas questões atuais: facilidade e dificuldades; e tendo os artistas como parceiros nessas atividades, certamente terão mais atenção e “aceitação”, sobretudo por uma parte da população que ainda não é sensível à temática indígena, quilombola e dos demais povos tradicionais que ocorrem no Brasil.