O PAPEL DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS EM UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: DESCOLONIZANDO A PRÁTICA DOCENTE é um projeto da UNIFESP Campus Diadema.
O projeto objetiva oferecer rodas de conversa (três encontros) com oficinas temáticas para professores de escolas públicas, as quais abordarão a relação existente entre a intolerância religiosa contra as religiões afro-rasileiras e a questão étnico-racial no Brasil, proporcionar aos professores e futuros professores a oportunidade de refletirem em como as religiões afro-brasileiras são representadas atualmente na sociedade brasileira, refletir a respeito da construção social negativa em torno das religiões afro-brasileiras e como isso impacta na prática docente, além de discutir a relação da escola e o papel dos professores enquanto agentes de uma educação antirracista, a partir de referenciais teórico-metodológicos da educação, da psicologia social e do campo das religiões afro-brasileiras.
Precedida pela Lei Federal 10.639, em 2008 foi promulgada a Lei Federal no 11.645, a qual estabeleceu as diretrizes para se incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade datemática "História e cultura afro-brasileira e indígena". Contudo, o desconhecimento a respeito do tema ainda é grande por parte da maioria de professores, particularmente em relação às religiões afro-brasileiras, desconsiderando o seu papel no processo de formação social do país, bem como enquanto estratégia de resistência e de resgate identitário no caso do Candomblé.
O projeto objetiva oferecer rodas de conversa (três encontros) com oficinas temáticas para professores de escolas públicas, as quais abordarão a relação existente entre a intolerância religiosa contra as religiões afro-rasileiras e a questão étnico-racial no Brasil, proporcionar aos professores e futuros professores a oportunidade de refletirem em como as religiões afro-brasileiras são representadas atualmente na sociedade brasileira, refletir a respeito da construção social negativa em torno das religiões afro-brasileiras e como isso impacta na prática docente, além de discutir a relação da escola e o papel dos professores enquanto agentes de uma educação antirracista, a partir de referenciais teórico-metodológicos da educação, da psicologia social e do campo das religiões afro-brasileiras.
Precedida pela Lei Federal 10.639, em 2008 foi promulgada a Lei Federal no 11.645, a qual estabeleceu as diretrizes para se incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade datemática "História e cultura afro-brasileira e indígena". Contudo, o desconhecimento a respeito do tema ainda é grande por parte da maioria de professores, particularmente em relação às religiões afro-brasileiras, desconsiderando o seu papel no processo de formação social do país, bem como enquanto estratégia de resistência e de resgate identitário no caso do Candomblé.
De uma forma geral, tem-se socialmente compartilhada uma visão estereotipada e preconceituosa sobre a questão, fruto de uma representação social negativa desenvolvida ao longo da nossa história. Neste contexto, as religiões de matriz africana sempre foram as que mais sofreram com a intolerância e nos últimos anos, os ataques contra os seguidores dessas religiões aumentaram. Por outro lado, uma forma de ressignificar essa visão estereotipada é por meio da educação, podendo, portanto, a escola se caracterizar como um importante locus de transformação social. Neste sentido, dada a importância da questão, o projeto objetiva oferecer rodas de conversa com oficinas temáticas para professores de escolas públicas, as quais abordarão a relação existente entre a intolerância religiosa contra as religiões afro-brasileiras e a questão étnico-racial no Brasil. A atividade é fruto da experiência de seis anos na disciplina: Meio Ambiente e Questões Étnico-raciais - UNIFESP campus Diadema, a qual utiliza a Umbanda e o Candomblé como temas transversais para a descolonização do pensamento. A disciplina em questão foi estruturada de forma a favorecer a reflexão e o debate ao longo do semestre sobre relações étnico-raciais na educação, além de apontar possibilidades diversas de se trabalhar o tema em sala de aula.
Coordenação: Luciana Aparecida Farias
Contato: luciana.farias@unifesp.br